domingo, 1 de fevereiro de 2009
AS BAIANAS DE ALCEU PENNA
Penna, Alceu (1915 - 1980)
Biografia
Alceu de Paula Penna (Curvelo MG 1915 - Rio de Janeiro RJ 1980). Desenhista, ilustrador, figurinista. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1932 e publica seus primeiros trabalhos no Suplemento Infantil de O Jornal. Nesse ano, matricula-se no curso de arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes - Enba e, durante os cinco anos que estuda nessa instituição, freqüenta como ouvinte diversos cursos ligados às artes plásticas. Em 1933, passa a ilustrar a revista O Cruzeiro. Em 1937, realiza tradução de histórias em quadrinhos norte-americanas, além de adaptar diversos clássicos literários para essa linguagem. Esses trabalhos são publicados no tablóide O Globo Juvenil, lançado em 1937. No ano seguinte, começa a escrever e ilustrar, na revista O Cruzeiro, uma seção intitulada As Garotas, que se mantém ininterruptamente até 1964. Nesse período, As Garotas passa a ser uma referência de moda, estilo e comportamento para o público feminino. Em 1941, depois de algum tempo em Nova York, onde conhece Carmem Miranda (1909 - 1955), passa a dedicar-se à criação de figurinos para os espetáculos apresentados nos cassinos cariocas. De 1946 a 1952, trabalha na execução de uma série de calendários para a empresa Moinho Santista Indústrias Gerais e, paralelamente, na mesma empresa, ilustra a revista Tricô e Crochê e responsabiliza-se por sua publicação. Na década de 1950, desenvolve figurinos e cenários para diversos shows e espetáculos teatrais. Em 1960, por meio de uma parceria estabelecida entre as empresas O Cruzeiro e a multinacional francesa Rhodia, torna-se o responsável pela criação dos figurinos utilizados até 1975 na apresentação das coleções anuais da marca.
Cronologia
Desenhista, ilustrador, caricaturista e figurinista:
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1954 - Rio de Janeiro RJ - Cria a fantasia utilizada pela Miss Brasil Martha Rocha (1936) durante sua apresentação no concurso de Miss Universo;
1955 - Rio de Janeiro RJ - Cria a fantasia Cearense, para Emília Correia Lima, eleita Miss Brasil neste ano.
Coloquei este texto (http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfmfuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=3175&cd_item=3&cd_idioma=28555) para comprovar porque muita gente tinha dúvidas da autoria dos trajes típicos das duas primeiras Miss Brasil, Martha Rocha e Emília Corrêa Lima. Abraços
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2 comentários:
Olhando assim para esses trajes, vemos quanto cuidado com a representação de um povo através de trajes. Vimos isso com a oriental Akiko Kojima, tb.Hoje, não sabemos se todos os países, o traje típico também é uma criação pessoal de estilistas... Antes parecia uma pesquisa sociológica e de significado também marcante. Mas são estilos diferentes, épocas diferentes. Porém para mim baiana, não é apenas a que nasce no Estado da Bahia, é aquela que melhor representou nossa gente na música, no cinema, nas passarelas, na calçada da fama em Holywood. Pelo menos deixou sua "marca", seu emblema e com ela nosso povo, igualmente, de qualquer parte. Assim são as representantes de muitos outros países. Alguns por questões outras e até o nosso, foge a essa regra. Até porque como brasileiro respeito as tradições vindas de outros estados que também tem seu valor retratado na música, nos filmes e no coração do povo brasileiro, como um todo.
Evandro, ficaria mais completo, se em vez das baianas de Alceu Penna, iniciasses uma série com as misses que representaram o Brasil nos certames de beleza, vestindo baiana, traje este imortalizado por Carmen Miranda e que muito identifica o nosso país. Infelizmente os apresentados hoje nos concursos de misses, pelas representantes da maioria dos países, não são trajes típicos e sim fantasias, mais parecidas com as usadas nas escolas de samba, vide o traje típico de Jacqueline Meirelles (mais parecido com um pássaro brasileiro), uma indumentária dígna de um destaque carnavalesco, premiado como o melhor em 1987, o que nos faz crer, que os ameriacanos não primam pela roupa vestida pelos seus antepassados. Nada mais bonito do que o original, àquele que ao ser visto, sabe-se de onde vem a representante, se do Brasil, Suécia, Holanda, Japão, África, Alemanha, Inglaterra...
Um abraço!
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